Uma prospecção tecnológica de depósitos de patentes sobre o uso da casca do café para fins medicinais e preparação de alimentos funcionais
DOI:
https://doi.org/10.22563/2525-7323.2023.v1.s2.p.161Palavras-chave:
Casca de café; Prospecção tecnológica; Patentes.Resumo
Introdução: O café possui uma mistura complexa de compostos químicos, como alcoóis diterpenóides, alcaloides e ácidos fenólicos, os quais conferem à bebida algumas propriedades funcionais, tais como: atividade antioxidante, atividade anticarcinogênica, atividade antimutagênica. Atualmente, uma prospecção é um dos componentes fundamentais como subsídios para ampliar a capacidade de antecipação e estimula a organização dos sistemas de inovação, não somente no âmbito industrial, bem como no meio acadêmico (MAYERHOFF, 2008). Objetivo: Realizar uma prospecção tecnológica para mapear as patentes sobre o uso da casca do café, verificando o tipo de aplicação desenvolvida, a frequência dos depósitos, as empresas e os países detentores dessa tecnologia, a fim de nortear sobre o conhecimento de novas tecnologias relacionadas com o uso da casca de café e suas aplicações medicinais, em bebidas e alimentos funcionais. Material e Método: A pesquisa foi realizada no período de julho a agosto de 2018, utilizando metodologia sistemática, nos bancos de dados do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e no European Patent Office (EPO), conhecida como base Espacenet®, em busca de patentes relacionadas a
casca de café e suas aplicações em novas tecnologias. Resultados: O mercado de café na Coréia do Sul se expandiu de maneira constante nos últimos anos, quebrando, ano a ano, recordes no consumo médio por habitante. O país, no entanto, não conta com produção interna de café (ROCHA, et al., 2014). Apesar do Brasil ser o maior produtor e exportador de café, não foram encontrados depósitos de patentes de interesse para o estudo, nas bases de dados estudadas. Uma das justificativas para esse cenário tecnológico reside no fato do país não apresentar uma parceria eficiente entre governo, empresas e universidades, que possam promover o desenvolvimento das pesquisas e inovações para o setor, permitindo assim o avanço tecnológico do país nesse campo (VEGRO, et al., 1994). Nos países desenvolvidos, o critério para a utilização de subprodutos de café é ser de fácil industrialização, rentável e ecologicamente correto. O aproveitamento de resíduos da indústria cafeeira, principalmente a casca,
é um caminho promissor para o Brasil já que é o maior produtor de café do mundo. Segundo CHADE (2013), os pedidos de patentes feitos por empresas, universidades e por governos determinam, para alguns especialistas, o grau de inovação de uma determinada economia. Discussão e Conclusões: As classificações internacionais mais abundantes nessa prospecção foram A23F, A23L, A61K e C12G. Dentre os maiores países depositantes estão a Coréia, Espanha e Estados Unidos. Observou-se ainda um maior número de patentes depositadas em 2017. Os resultados mostram que já existem tecnologias relacionadas ao aproveitamento da casca de café e que essas tecnologias foram protegidas nos últimos treze anos principalmente por indústrias de alimentos e cosméticos.
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