Perfil do idoso institucionalizado: análise socioeconômica, epidemiológica e farmacológica dos residentes em um abrigo do Município de Salvador
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Como Citar

de Jesus Campos, I., dos Santos Pereira, C., & Martinez Castor de Cerqueira, R. M. (2023). Perfil do idoso institucionalizado: análise socioeconômica, epidemiológica e farmacológica dos residentes em um abrigo do Município de Salvador. JORNAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E FARMACOECONOMIA, 3(s.1). https://doi.org/10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.67

Resumo

Introdução: No Brasil, a população idosa vem crescendo de forma acentuada, sendo considerado um país jovem até os anos de 1980. Chegando ao século XXI, a população mais idosa aumentou consideravelmente e de acordo ao último Censo Demográfico de 2010, o Brasil apresenta uma população não mais tão jovem. Fatores como a mudança da família brasileira, que tem se modificado com a modernização da sociedade, a inserção da mulher no mercado de trabalho, o avanço na medicina e farmácia, o aperfeiçoamento dos métodos contraceptivos, contribuem para o aumento da população idosa. Somada a essas mudanças, a escassez de alternativas para as famílias manterem seus parentes em casa, têm impulsionado a demanda por internações. Objetivos: Conhecer o perfil socioeconômico, epidemiológico e farmacológico de idosos que vivem em Instituições de Longa Permanência (ILPI), identificar as doenças prevalentes, classes terapêuticas e alguns dos medicamentos mais utilizados, analisar o problema da polifarmácia, além da importância da intervenção farmacêutica. Métodos: Trata-se de um estudo transversal e exploratório de dados coletados a partir de arquivos e fichas de admissão a instituição, no total de 44 amostras, onde registrava-se o histórico das idosas, com idade de 65-98 anos, de um abrigo feminino do município de Salvador. Resultados: No estudo, a média de idade foi de 80-86 anos (27,5%), nível escolar até o ensino médio (43,2%), sendo maioria de estado civil solteira e de renda mensal de 2-3 salários. Destacaram-se as doenças do sistema cardiovascular e endócrino, constituindo-se como os mais prevalentes: hipertensão arterial sistêmica (63,6%), diabetes mellitus (35,1%) e distúrbios da tireoide (15,9%). Quanto as prescrições médicas analisadas, encontrou-se medicamentos de uso por tempo determinado e de uso continuo. Algumas prescrições continham mais de 4 medicamentos para a mesma paciente, caracterizando a polifarmácia. Entre os fármacos mais prescritos, estão a Losartana Potássica, Hidroclorotiazida, AAS (ácido acetilsalicílico), Omeprazol, Sinvastatina, Rivotril, Amitriptilina, Diazepam, Calman, Puran T4, Glibencamida dentre outros. Conclusão: O perfil do idoso institucionalizado, está em conformidade às literaturas analisadas, em relação a idade de integração nas instituições, nível de escolaridade, estado civil e doenças crônicas. As ILPIs, podem e devem intervir de modo direto em inclusões de atividades de lazer para prevenir ou minorar as possíveis perdas funcionais, manter o idoso ativo, acolhido e para isso é necessária a presença de equipes multidisciplinares.

https://doi.org/10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.67
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