Diretriz de manejo da febre no contexto do cuidado farmacêutico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22563/2525-7323.2024.v9.n.3.p.46-59

Palavras-chave:

Manejo de Problemas de Saúde Autolimitados, Farmácia Comunitária, Farmácia Clínica

Resumo

Objetivo: Sistematizar, por meio da prática baseada em evidências, o manejo de casos autolimitados de febre no contexto do Cuidado Farmacêutico. Métodos: Para elaboração da diretriz foi adotado o método ADAPTE como processo estruturado de revisão da literatura e construção do documento. Foram ainda utilizadas as ferramentas AGREE II e GRADE para análise dos guias de prática selecionados durante o processo e para categorização das evidências, respectivamente. Resultados: Após elaboração, observou-se que a anamnese farmacêutica é passo importante para confirmar se a febre é apenas um episódio isolado e autolimitado, se está associada a um contexto de “febrefobia” ou se inspira cuidados assistenciais mais intensivos; a duração da febre e sintomas associados, como desidratação, taquicardia persistente, taquipneia, hipertensão, são alguns sinais para encaminhamento. Dentre as medidas não farmacológicas, a ingestão de líquidos é a mais recomendada a fim de evitar desidratação. Além disso, recomendam-se ações de educação em saúde para coibir métodos inadequados de diminuição da temperatura, como banhos gelados ou com álcool, e incentivar práticas adequadas, como manter o paciente em ambiente fresco, aferir corretamente a temperatura e descartar adequadamente termômetros. Em relação ao tratamento farmacológico, deve-se avaliar com atenção a condição clínica do paciente, uma vez que o uso dos antitérmicos é indicado exclusivamente para alívio de sinais de desconforto, dando preferência ao Ibuprofeno e Paracetamol. Conclusão: Apesar de ser um processo fisiológico benéfico, a febre requer cautela em seu manejo, principalmente em relação às populações vulneráveis, como crianças nos primeiros três meses de vida, gestantes, puérperas, idosos e outras pessoas em uso de medicamentos como corticoides, imunossupressores ou em polifarmácia.

Publicado

2024-07-10

Como Citar

Paiva da Costa, A., de Oliveira Barbosa, A. P., Cardoso Sodré Alves, B. M., Mota Pinheiro, R., Bié Pinto Bandeira, L., Melo Queiroz, F., Mofati Boechat, M., Gomes de Moura Junior, N., Fonseca Lima, R., Marques dos Reis, T., & Santana, R. (2024). Diretriz de manejo da febre no contexto do cuidado farmacêutico. JORNAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E FARMACOECONOMIA, 9(3). https://doi.org/10.22563/2525-7323.2024.v9.n.3.p.46-59

Edição

Seção

Articles