Unitarização de medicamentos em um hospital de grande porte do Distrito Federal: uma análise farmacoeconômica
DOI:
https://doi.org/10.22563/2525-7323.2023.v1.s2.p.85%20Palavras-chave:
Sistemas de Distribuição de Medicamentos em doses unitárias; Serviço de Farmácia Hospitalar; Ativador de Plasminogênio Tecidual; Farmacoeconomia; Análise custo-benefício.Resumo
Introdução: A unitarização de doses de medicamentos é o processo realizado sob responsabilidade de um farmacêutico ou sob sua orientação, que visa a subdivisão de forma farmacêutica ou transformação destas em doses unitárias estáveis, préestabelecidas, preservando sua qualidade e rastreabilidade¹. Objetivos: Objetivou-se analisar a unitarização de medicamentos em um hospital de grande porte do Distrito Federal na perspectiva farmacoeconômica. Material e Método: Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo e descritivo. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica e levantamento de dados do laboratório de farmacotécnica local, entre janeiro de 2020 e agosto de 2022. Os processos e etapas percorridos pelos medicamentos desde a entrada no hospital até a distribuição, foram averiguados e registrados por meio de um fluxograma criado com a ferramenta BizAgi Process Modeler. Resultados: Verificou-se que a implementação da unitarização foi simples e de baixo custo para o hospital. Também houve uma redução de custos no caso da alteplase, além de redução no desperdício de soro fisiológico, e demais medicamentos, bem como controle e diminuição do desabastecimento quando avaliado a metilprednisolona. Constatou-se que os registros dos processos de unitarização e dispensação adotados ainda não são capazes de garantir toda a rastreabilidade dos medicamentos. Entretanto, a unitarização é financeiramente viável, podendo chegar a uma economia de até US$36,673.00 com apenas um medicamento, no período avaliado. Discussão e Conclusões: Uma limitação importante foi a ausência do registro sistemático de dados sobre os processos e resultados da unitarização, em especial das informações relacionadas à distribuição, dispensação e descarte de medicamentos, que impossibilitaram a realização de cálculos com maior acurácia acerca do valor efetivamente economizado aos cofres públicos. Entretanto, apesar desta limitação, o impacto farmacoeconômico mostrou-se positivo e a unitarização conduziu aos resultados superiores à utilização dos medicamentos em suas apresentações comerciais por reduzir eventuais desperdícios e melhoria na segurança do paciente, ampliação do acesso, bem como, redução da possibilidade de desabastecimento. Este resultado vai de encontro a outros estudos disponíveis na literatura sobre o tema.
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