Perfil sociodemográfico e avaliação da técnica de utilização de dispositivos inalatórios no tratamento de doenças respiratórias em pacientes atendidos via CEAF

Autores

  • Italo Henrique Medeiros Damasceno Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Natal - RN - Brasil
  • Aliana Vitória Barbosa Carneiro Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Natal - RN - Brasil
  • Laisla Lauanny Varela de Paiva Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Natal - RN - Brasil
  • Anna Clara Barrêto Da Costa Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Natal - RN - Brasil
  • Valdemária Abigail da Fonseca Ferreira Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte - Natal - RN - Brasil
  • Rand Randall Martins Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Natal - RN - Brasil
  • Rodrigo dos Santos Diniz Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Natal - RN - Brasil

DOI:

https://doi.org/10.22563/2525-7323.2023.v1.s2.p.71

Palavras-chave:

Asma; DPOC; Técnica inalatória; Dispositivos inalatórios; Adesão ao tratamento.

Resumo

Introdução: As doenças respiratórias (DRs) estão associadas à significativa parte das internações e óbitos ao redor do mundo, exigindo terapia constante para a garantia de uma boa qualidade de vida ao paciente e prevenção de exacerbações. O tratamento medicamentoso, por sua vez, comumente tem como base o uso de broncodilatadores e corticosteroides inalatórios. Esses fármacos são disponibilizados no Brasil via Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) para uso em Dispositivos Inalatórios (DIs). Com isso, o êxito terapêutico está diretamente relacionado à precisão da técnica inalatória. O desempenho do paciente na execução da técnica, entretanto, depende dos fatores mais diversos, que vão desde a orientação profissional no momento da dispensação, até seu próprio nível de instrução. Objetivos: Descrever o contexto sociodemográfico, adesão à terapia farmacológica e os principais erros de técnica no uso de DI em pacientes com DRs e acesso ao medicamento via CEA. Material e Método: Este estudo adota uma abordagem transversal e observacional, realizado com uma amostra de 42 pacientes adultos diagnosticados com asma e DPOC, atendidos via CEAF em Natal-RN. Utilizamos entrevistas estruturadas para coletar dados sociodemográficos dos participantes, através do questionário, bem como informações sobre a adesão à terapia e a técnica utilizada no manejo de Dispositivos Inalatórios. Resultados: Observou-se que a idade média dos participantes foi de 64,8 anos (+ 10,8), 57,1% dos participantes cursaram até o nível fundamental, mais de 75% possuem renda de até 1 salário mínimo e 47,6% relataram serem ex-fumantes. Na prevalência dos tipos de DI utilizados, tem-se o Aerolizer® (90,9%) e Ellipta® (9,1%). Adicionalmente, 59,5% apresentam adesão moderada à terapia medicamentosa. Dentre os principais erros de execução cometidos no uso de DI, destacam-se: a colocação incorreta do bocal na boca com o fechamento dos lábios de forma inadequada (87,5%) e a ausência do enxágue bucal após a inalação (85%) para o sistema Aerolizer®; a ausência da pausa pós-inalatória, de no mínimo 10 segundos, em todos os usuários do dispositivo Ellipta®. Discussão e Conclusões: No presente estudo foi observada a prevalência de pacientes em desvantagem socioeconômica com moderada adesão ao tratamento, além do uso incorreto dos DIs. Faz-se necessário implantação de consultórios farmacêuticos e capacitação de farmacêuticos, de forma a controlar e contornar a situação diante do progresso dessas comorbidades, além de garantir melhora significativa na qualidade de vida.

Publicado

2023-11-08

Como Citar

Italo Henrique Medeiros Damasceno, Aliana Vitória Barbosa Carneiro, Laisla Lauanny Varela de Paiva, Anna Clara Barrêto Da Costa, Valdemária Abigail da Fonseca Ferreira, Rand Randall Martins, & Rodrigo dos Santos Diniz. (2023). Perfil sociodemográfico e avaliação da técnica de utilização de dispositivos inalatórios no tratamento de doenças respiratórias em pacientes atendidos via CEAF. JORNAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E FARMACOECONOMIA, 1(s. 2). https://doi.org/10.22563/2525-7323.2023.v1.s2.p.71