As miopatias inflamatórias no contexto da pesquisa brasileira: uma revisão de escopo
DOI:
https://doi.org/10.22563/2525-7323.2023.v1.s2.p.27Palavras-chave:
Miopatias; Revisão de Escopo; Pesquisa: Brasil.Resumo
Introdução: A miopatia inflamatória é uma doença crônica idiopática rara, com prevalência mundial estimada entre 5 e 22 por 100 mil pessoas. Não se conhece até o momento características epidemiológicas desta condição no contexto brasileiro, e pouco se sabe sobre as pesquisas realizadas no Brasil. Objetivos: Trata-se de uma revisão de escopo cujo objetivo é mapear publicações acadêmicas no contexto brasileiro sobre as miopatias e descrever as características das publicações, dos desenhos de estudo e populacionais. Material e Método: No dia 23 de fevereiro de 2023 foram realizadas buscas nas bases PubMed e Embase, associando termos indexados associados à “miopatia inflamatória”, e “Brasil”. A seleção de estudos e a extração de dados foi realizada por dois pesquisadores independentes e conflitos resolvidos por consenso, com ajuda de um terceiro revisor. Foram incluídos qualquer tipo de estudo no contexto brasileiro, sobre miopatias inflamatórias conforme a classificação de Selva-O’Callaghan et al., 2014. Estudos em população não brasileira e publicações em outras línguas que não português, inglês e espanhol foram excluídos. Os dados foram extraídos em planilha eletrônica contendo características dos estudos, tipo de estudo e delineamento, características da população. Foram realizadas análises bibliométricas dos dados extraídos. Resultados: Foram encontrados 266 estudos. Após triagem por título e resumo e seleção por leitura integral restaram 25 publicações que compuseram esta revisão. Vinte e três (92%) eram artigos originais, um resumo do congresso e uma tese. Vinte e três dos estudos (92%) foram publicados após 2010 e dois artigos foram publicados em 1976 e 2008. Em relação ao Estado da instituição de pesquisa, São Paulo representou 92% das publicações, seguido do Distrito Federal e Paraná - uma publicação cada. Todos os estudos eram observacionais (um caso-controle, duas revisões sistemáticas, três relatos de caso, oito transversais e 11 coortes). Quanto às características populacionais, 16 eram de população adulta e seis de população pediátrica, três não identificáveis. O conjunto de estudos avaliou seis tipos de miopatia inflamatória, sendo dermatomiosite juvenil (7; 28%), dermatomiosite e polimiosite os tipos mais frequentes. Discussão e Conclusões: A pesquisa brasileira sobre miopatias inflamatórias vem crescendo nos últimos anos. São Paulo concentra o maior número de publicações sobre o assunto e, no geral, a dermatomiosite juvenil e do adulto e a polimiosite são os tipos mais estudados. Apesar de haver estudos observacionais, foi identificada a falta de estudos clínicos em pacientes brasileiros.
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