Indicadores de desempenho na gestão de saúde de pacientes com Esclerose Múltipla
DOI:
https://doi.org/10.22563/2525-7323.2022.v7.n.4.p.24-29Palavras-chave:
Esclerose múltipla, gestão hospitalar, assistencia, manejoclínicoResumo
INTRODUÇÃO: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurodegenerativa, inflamatória crônica que afeta o Sistema Nervoso Central. Embora importantes avanços terapêuticos tenham surgido nas últimas décadas, a população com EM apresenta taxas de hospitalização mais altas em relação a população geral, com impacto socioeconômico relevante. OBJETIVOS: Este estudo objetiva avaliar o uso de indicadores de gestão em pacientes com EM possibilitando melhorias no atendimento e manejo clínico desta população. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo com analise de variáveis epidemiológicas e clínicas (idade, sexo, etnia, tempo de doença, ocorrência de surtos em 1 ano, EDSS, tratamentos, comorbidades). Quanto aos indicadores foram avaliados: Número de internações e pacientes internados (mensurando a produção), Tempo médio de permanência (mensurando a eficiência) e Reinternação e taxa de mortalidade (mensurando qualidade médico assistencial). RESULTADOS: Foram analisadas 332 internações em 153 pacientes (mensurando produção), resultando em média de 2.16 com valor máximo de 18 e mínimo de 1 internação por paciente, sendo a maioria em mulheres (75%). A média de idade foi de 36 ± 7.8 anos em 26.5% dos pacientes entre 18-39 anos. A maioria dos pacientes era do sexo feminino (75%) e autodeclarada branca (94.8%). A mortalidade hospitalar foi de 2.4% (mensurando a qualidade médico assistencial) e o tempo médio de permanência foi de 6.5 dias (mensurando a eficiência). O principal motivo de internação foi relacionado a exacerbação da doença, sendo a maioria dos pacientes internados para pulsoterapia. A maioria dos pacientes possuía outra comorbidade. CONCLUSÃO: Confirmou-se o elevado número de reinternações nesta população, sendo a EDSS da maior parte dos casos abaixo de 3.5. Internações de pacientes com EM podem ser reavaliadas afim de diminuir os custos hospitalares e, principalmente, aumentar a qualidade de vida destes casos, considerando a realização de procedimento a nível ambulatorial.
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